A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou 13 projetos de hidrogênio verde, de acordo com informações da Folha de S. Paulo na última segunda-feira, 9 de dezembro. A decisão reforça o investimento de cerca de R$ 1,5 bilhão por parte de companhias como Petrobras, Neoenergia e CTG Brasil.
O hidrogênio verde, gerado pela eletrólise da água, é considerado uma solução aos combustíveis fósseis, com capacidade de reduzir emissões de gases do efeito estufa.
Os projetos aprovados contemplam desde a construção de plantas piloto até a fabricação de equipamentos para o setor. A Petrobras está desenvolvendo uma planta no Rio de Janeiro. A Neoenergia e a CTG Brasil têm pretensão de investir em aplicações industriais variadas.
O financiamento é proveniente tanto de recursos do Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Aneel quanto de investimentos das próprias empresas.
A Aneel recebeu 24 propostas. A agência anunciou a possibilidade de revisão para os planos não aprovados. Com prazos de execução válidos até 48 meses, espera-se que os projetos contribuam para a diversidade da matriz energética brasileira e para a redução das emissões de carbono.
A Petrobras divulgou seus planos de construção, mesmo com a localização ainda em análise. A Neoenergia confirmou a implantação da primeira planta-piloto do Brasil no Distrito Federal.
Parceria do governo federal com o Climate Investmente Funds
O governo brasileiro anunciou uma parceria com o Climate Investment Funds (CIF), prevendo R$ 6 bilhões em financiamentos para projetos de produção de hidrogênio verde, com foco na descarbonização da indústria, no mundo todo, incluindo no Brasil. Será aberta uma chamada pública para escolher os projetos aptos a utilizar os recursos.
Os projetos devem integrar as etapas de produção, armazenagem e transporte, conectando diferentes setores da economia.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), a chamada pública de seleção dos projetos irá buscar soluções que cumpram os critérios de elegibilidade, alinhadas com os propósitos do CIF e com focos em descarbonização de setores industriais difíceis de abater.