Magda Chambriard, a presidente da Petrobras, disse na última terça-feira, 4 de fevereiro, que a empresa está “pisando no acelerador” para conseguir entregar a “encomenda” do Planalto para estimular o Produto Interno Bruto (PIB) do país.
“Não podemos crescer sozinhos, precisamos da indústria nacional e internacional para nos atender prontamente […] Estejam preparados [indústria], porque estamos pisando no acelerador”, afirmou Chambriard no evento do Fórum Brasil de Energia, realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
O eixo principal intitulado de “ciclo virtuoso de investimentos” abrange a operação de refino. São estimadas verbas de US$ 19,6 bilhões nos próximos 5 anos. “Há muito tempo que o ‘mid e downstream’ (atividades de refino e de logística) não vê tanto dinheiro. Está chegando por aí, isso é real”, disse.
A executiva ainda ressaltou a finalização de um novo trem na refinaria Abreu e Lima, situada em Ipojuca (PE). Isso adicionará mais ou menos 25.000 barris de diesel diariamente para a produção da estatal.
Além disso, a Petrobras está buscando terminar o segundo trem que será entregue a Rnest e no polo Boaventura, em Itaboraí (RJ), para possibilitar novas cargas. A estimativa é que um acréscimo de 200 mil barris diários seja uma consequência dessa melhora.
No decorrer do evento, Chambriard falou sobre a participação no segmento de etanol e biocombustíveis. “Temos 5 ou 6 empresas que estamos conversando”, revelou.
Etanol vai ser uma realidade no Brasil
A Petrobras vem planejando investimentos de em torno de US$ 2,2 bilhões em um conjunto de destilarias de etanol. O processo seria a reentrada da empresa no setor de biocombustível, de acordo com o revelado em uma apresentação feita em 2024.
No Plano de Negócios 2025-2029, divulgado em novembro de 2024, afirma que voltaria ao segmento através de parcerias com empresas consolidadas no mercado, sem detalhar nomes ou estimativas de investimento. A estratégia contempla criar joint ventures, nos setores de etanol, cana-de-açúcar e de milho.
“Etanol será uma realidade, biodiesel será uma realidade”, disse.