Durante a migração para o MLE (Mercado Livre de Energia) é normal que as empresas necessitem se submeter a ajustes técnicos em suas instalações elétricas. O principal procedimento deste tipo é a adequação do Sistema de Medição para Faturamento (SMF).
O SMF é um mecanismo de tecnologia que é responsável por apurar a energia de uma unidade consumidora. Ele coleta e transmite informações (através do Sistema de Coleta de Dados de Energia) (SCDE) para a instituição que viabiliza as operações do Mercado Livre de Energia no Brasil, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
As Empresas que fazem parte do MLE precisam ter seu consumo contabilizado pela CCEE, de forma que garanta que ele esteja de acordo com o que está previsto em contrato.
A coleta dos dados pode ser realizada de diversas formas, por exemplo:
- Coleta Ativa: o SCDE tem acesso direto aos medidores.
- Coleta Passiva: o SCDE recebe os arquivos dos agentes.
- Coleta Integral: o SCDE recebe os dados por uma plataforma de integração.
Para que isso aconteça, é fundamental realizar ajustes na cabine de medição da unidade que está migrando a instalação de um novo medidor seja permitida, que a distribuidora fornece gratuitamente.
Os principais componentes desse sistema são:
- Transformadores de Potencial -TP.
- Transformadores de Instrumentos -TI.
- Transformadores de Corrente – TC.
- Sistema de coleta de dados de medição.
- Canais de comunicação entre os agentes e a CCEE.
Os ajustes vão dos mais simples, como uma troca de fios, até os mais complexos, que podem requerer que o medidor seja substituído.
O preço de adequação do SMF diverge de acordo com o projeto. Se a cabine estiver em um estado adequado, bastando apenas trocar o medidor, o processo pode até sair de graça. Porém, quando intervenções realmente forem necessárias, os valores costumam girar em cerca de R$ 4 mil, porém pode chegar a R$ 20 mil nos casos mais complexos.