Veículos elétricos são atraentes, não fazem barulho e não estou polui o meio ambiente. Alguns comerciais de TV mostram um mundo charmosos e atrativo para quem dirige esses carros. No entanto, novas evidências menos glamurosas estão sendo cada vez mais comuns incluindo: ficar parado no meio da estrada sem bateria, passar algumas horas procurando um eletroposto e se preparar para esperar cerca de uma hora para ter alguma carga que dê autonomia ao veículo.
A pegada de emissão de zero gases de efeito estufa é um argumento excessivo. As baterias gigantes dos automóveis precisam de minerais, principalmente o lítio, que são extraídos do solo de uma maneira não sustentável. A mineração é um dos setores econômicos mais destruidor do meio ambiente e o descarte das baterias, aquelas que não podem ser recondicionadas, é um problema de solução incerta para essa atual indústria automotiva.
Está se tornando cada vez mais evidente para os brasileiros que compram carros 100% elétricos, em sua maioria importados da China, que é uma dor de cabeça ter que achar onde carregar a bateria. Além dos casos em que o mostrador localizado no painel não indica quanto há de autonomia corretamente e o veículo sofre “pane seca” no meio da estrada.
Mas qual a quantidade?
O Brasil conta com um conjunto de veículos de 302,5 mil carros eletrificados, dos quais 69.724 são 100% elétricos e dependem totalmente dos eletropostos, de acordo com o site Neocharge. Segundo a ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico) o país chegará 10.000 eletropostos instalados até o final de 2024, porém ainda é pouco em relação ao necessário. Os números atualizados da associação contam que o Brasil tem em torno de 8.788 de locais para carregar os carros elétricos. A relação é de 8 carros para cada eletroposto.
Ainda conforme os dados da ABVE, os pontos disponíveis para carregamento de veículos elétricos se encontram aglomerado nos centros urbanos. Em um cenário nacional, o recorte é geograficamente desigual.