O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) aprovou ações preventivas para a garantia de oferta de energia para todo o país. Essas medidas foram definidas devido ao cenário de seca nas regiões Norte e Nordeste, de estiagem nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e das incertezas sobre o grau de impacto do fenômeno La Niña para o trimestre a partir de setembro, que indica chuvas abaixo da média e temperaturas acima da média histórica no Brasil inteiro.
Essas ações foram discutidas ao longo da 295ª reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), do Ministério de Minas e Energia.
De setembro a dezembro, o ONS projetou um cenário de alta demanda por energia e baixa contribuição da geração eólica. Por isso, indicou a necessidade de usar os recursos da reserva operativa para atender à demanda máxima.
Entre as ações que serão colocadas em prática está a continuidade do envio de eletricidade produzida pelas usinas termelétricas que são movidas a gás natural: Santa Cruz, localizada no Rio de Janeiro, e Linhares, no Espírito Santo, ao longo de todo o mês de novembro.
Outras discussões
Durante a reunião também decidiram sobre a articulação para possibilitar a operação excepcional do reservatório intermediário da Usina Hidrelétrica de Belo Monte em Vitória do Xingu, no Pará. A vazão mínima do reservatório vai ser de 100 metros cúbicos por segundo, com as licenças e autorizações necessárias sendo respeitadas. Outra discussão foi sobre a entrada em operação da Linha de Transmissão de 500 kilowatts (KW) de Porto Sergipe – Olindina – Sapeaçu; Linha de Transmissão de 500 KW Terminal Rio – Lagos e da Linha de Transmissão de 345 KW Leopoldina 2 – Lagos, assegurando o escoamento da potência energética nos meses de setembro a dezembro.
Apesar de o cenário na Região Norte não ser favorável na questão climática, segundo o ONS, a água armazenada nos reservatórios para geração de energia despachada no Sistema Interligado Nacional é de 58%. A projeção é que no final do período de seca, o armazenamento fique entre 42% e 39%.