Quais as fontes de energia que podem ser utilizadas como alternativas para suprir a carência da produção da hidrelétrica em meio ao período de seca e a falta de chuvas significativas. A decomposição de produtos orgânicos é uma das principais opções. A eletricidade gerada a partir da biomassa de cana-de-açúcar está ganhando cada vez mais relevância no cenário energético brasileiro.
A afirmativa é do diretor de inteligência da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA), Luciano Rodrigues, que, em uma entrevista ao “O Tempo” comentou sobre o aumento na produção de energia por meio da biomassa, o papel do etanol na transição energética, os impactos socioeconômicos do setor sucroenergético local e o preço do etanol atualmente.
A UNICA é uma entidade que representa as principais unidades produtoras de açúcar, etanol (álcool combustível) e bioeletricidade localizadas na região Centro-Sul do Brasil, especialmente do Estado de São Paulo.
Confira o trecho da entrevista referente a biomassa da entrevista:
“Com a falta de chuvas e a seca, os reservatórios podem ficar vazios e isso pode comprometer a produção hidrelétrica. Dessa forma, precisamos de fontes de energia alternativas, e a biomassa pode ser uma delas. Há uma tendência de crescimento da biomassa?” perguntou o entrevistador.
“A bioeletricidade gerada a partir da biomassa de cana-de-açúcar já é parte da matriz elétrica brasileira. Hoje, nós temos 100% das usinas produzindo bioeletricidade a partir do bagaço e da palha da cana-de-açúcar, sendo que mais da metade dela além de atender o consumo próprio também vendem o excedente para a rede nacional de energia elétrica.” Disse o diretor de inteligência da ÚNICA.
A produção de bioeletricidade bateu recorde em 2023 e evitou emissões de 4,3 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera, um marco atingido somente com o cultivo de 30 milhões de árvores nativas ao longo de duas décadas (20 ANOS).