A vitória de Donald Trump (Republicanos) nas eleições presidenciais dos Estados Unidos deixou o setor de automóvel elétricos do país em clima de incerteza. A base do Partido Republicano, critica fervorosamente a indústria de carros elétricos alegando que esses modelos são impostos aos consumidores de maneira abusiva.
Trump não fez dos carros elétricos o tema central de sua campanha, porém, quando teve oportunidade, usou o crescimento mobilidade elétrica dos EUA para atacar a adversária Kamala Harris, acusando-a de querer proibir os carros a combustão, causando terror sobre demissões em massa na indústria automobilística americana.
Em entrevistas antes da eleição, Trump declarou que tem a intenção de formar uma política extremamente protecionista, incluindo ações diretas contra o avanço dos carros da China mercado americano, taxações nas importações e o fim de incentivos à aquisição de veículos elétricos pelos consumidores americanos. Vale enfatizar que Elon Musk, CEO da Tesla, foi um dos maiores apoiadores do presidente eleito na reta final das eleições.
Oficialmente eleito presidente pelas eleições de 2024, o empresário está preparando novamente a retirada dos Estados Unidos do Acordo do Clima de Paris, que projeta ações de descarbonização por parte dos países mais desenvolvidos. Em seu primeiro mandato, Trump já havia tomado essa atitude, que foi revogada por Joe Biden. No momento, o assunto voltou à tona.
A indústria de energia é um dos grandes desafios do novo mandato de Donald Trump. Há um capítulo inteiro relacionado ao tema no plano de governo apresentado à imprensa e à população americana.
A matriz energética dos EUA é considerada uma das mais poluentes do mundo, com 60% da energia oriunda de combustíveis fósseis, e 18,6% de energia nuclear. Somente 21,4% da energia americana é proveniente de fontes renováveis.
Ainda assim, o presidente eleito defende o crescimento na produção de energia em todas as áreas. Para isso, promete revogar as restrições impostas pelo governo Biden no setor de óleo, gás e carvão. O objetivo é tornar o território norte-americano o principal produtor de petróleo e gás natural do mundo.