A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) autorizou na última terça-feira, 10 de dezembro, uma proposta legislativa isentando veículos híbridos e movidos a hidrogênio do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) durante 2 anos. A medida também pode ser aplicada a caminhões e ônibus movidos a hidrogênio ou gás natural, incluindo biometano.
A proposta foi autorizada por 53 votos a 10, porém ainda está aguardando a sanção do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). A medida determina que, a partir de 1º de janeiro de 2025 até 31 de dezembro de 2026, veículos leves híbridos estão isentos do IPVA, limitados a modelos com valor de até R$ 250 mil.
Depois do período de isenção, a alíquota do IPVA para os veículos vai ser ajustada gradualmente, iniciando com 1% em 2027 e aumentando anualmente até alcançar 4% a partir de 2030. A isenção também é prevista para ônibus e caminhões movidos 100% a hidrogênio ou gás natural no período de janeiro de 2025 a dezembro de 2029.
O governo estadual diz que a medida é como um incentivo à redução da emissão de gases poluentes e ao estímulo a investimentos em veículos movidos a energias limpas e renováveis. Mesmo com essa medida, os veículos 100% elétricos não foram incluídos no benefício.
A deputada estadual Marina Helou (Rede-SP) fez críticas a ausência dos carros totalmente elétricos na isenção. “Ao excluir os carros elétricos, a gente reserva mercado para um setor que utiliza gasolina nos veículos flex, emitindo mais carbono na atmosfera e não avançando em temas tão importantes como a nossa saúde”, disse.
China expande sua participação no mercado de veículos elétricos
Superando obstáculos determinados pelas tarifas de mercados ocidentais, a China ampliou sua participação e em outubro de 2024 foi responsável por 76% do mercado mundial de veículos elétricos, de acordo com dados divulgados na última terça-feira, 3 de dezembro. Entre janeiro e outubro, a Associação Chinesa de Automóveis de Passageiros anunciou que as vendas de carros elétricos alcançaram 14,1 milhões de unidades, com 69% dessas vendas acontecendo no mercado doméstico chinês.
Os números registram uma trajetória crescente, levando em consideração que, no ano passado, em torno de 60% dos novos registros de carros elétricos aconteceram dentro da China, de acordo com a Agência Internacional de Energia.