A energia nuclear vem se fortalecendo através de anúncios e acordos bilaterais no decorrer da COP-29, a Cúpula do Clima, que ocorreu em Baku, no Azerbaijão. Os Estados Unidos, Reino Unido e Ucrânia são alguns dos países que vem defendendo o uso dessa energia como opção sustentável para a transição energética.
Essa pauta vem ganhando cada vez mais espaço desde a COP-28, em Dubai, em 2023, em que 25 nações assinaram o compromisso de triplicar a geração desse tipo de energia até 2050, em comparação com 2020. Em Baku, mais de seis países anunciaram a adoção.
Caso o compromisso seja cumprido, isso significaria uma parte de mais ou menos 25% da produção de energia no planeta (que atualmente se encontra próxima dos 10%). A COP-29 foi estendida até a sexta-feira, 22 de novembro.
Energia nuclear vem sendo alvo de críticas por cientistas
Uma equipe de cientistas e ONGs (organizações não governamentais) vem se reunindo e criticando a ampliação de energia nuclear. Uma das observações é a necessidade de um investimento elevado em relação a fontes de energia eólica e solares.
Os críticos também entendem que a energia nuclear é uma opção insegura e de demorada instalação diante de emergências climáticas. Nesse panorama, algumas usinas foram fechadas na última década em países como no Japão e na Alemanha, assim como a abertura de novas usinas foram vetadas, como na Suíça.
Os países que assinaram o termo de expansão a energia nuclear desde 2023 são: Estados Unidos, Armênia, Bulgária, Canadá, Croácia, República Tcheca, Finlândia, França, Gana, Hungria, Jamaica, Japão, Coreia do Sul, Moldávia, Mongólia, Marrocos, Holanda, Polônia, Romênia, Eslováquia, Eslovênia, Suécia, Ucrânia, Emirados Árabes Unidos e Reino Unido.
Já os novos signatários anunciados na COP-29 são Cazaquistão, El Salvador, Nigéria, Turquia, Quênia e Kosovo. Mesmo que o modelo seja principalmente adotado por países ricos, a tecnologia vem chamando a atenção também de países em desenvolvimento. Ainda não há sinais de que o Brasil irá se tornar signatário.