A Amazônia, acabou de se tornar cenário de um marco sustentável que pode transformar o transporte fluvial. A empresa Norte Energia, em colaboração com a UFPA (Universidade Federal do Pará), lançou o primeiro barco elétrico movido a energia solar da região, o Poraquê.
Com inspiração no peixe-elétrico típico da Amazônia, o barco fornece uma autonomia de até 8 horas movido unicamente pelo sol. Essa inovação garante a redução drástica da emissão de gases poluentes, se tornando um momento decisivo para a promoção da mobilidade elétrica na maior floresta tropical do mundo.
SIMA
A viagem inaugural do Poraquê aconteceu nas águas do Rio Guamá, que banha o campus da UFPA, e uniu professores e estudantes. Ele faz parte de um projeto chamado Sistema Inteligente Multimodal da Amazônia (SIMA), que ainda inclui ônibus elétricos que já transportam cerca de 2 mil pessoas no campus da UFPA diariamente, reduzindo a emissão de 161 toneladas de CO₂ por ano.
“Este barco é o resultado de uma parceria da UFPA com a Norte Energia, e para nós, enquanto universidade, ele é também um laboratório, já que é o primeiro barco elétrico do nosso estado. Para uma instituição que produz ciência, com a UFPA, esses equipamentos são uma conquista para a sociedade. Nossa expectativa é que esse projeto estimule o desenvolvimento de novos veículos, e que em pouco tempo de 10% a 20% dos barcos da nossa região passem a ser movidos por energia limpa”,afirma Gilmar Pereira da Silva, o vice-reitor da UFPA.
O transporte fluvial é fundamental para as comunidades ribeirinhas da Amazônia, onde utilizar combustíveis fósseis, como o diesel, tem um peso no bolso das famílias e no meio ambiente. A aposta no Poraquê é uma alternativa sustentável que se alinha com os propósitos da COP 30, o que traz esperança para a luta contra as mudanças climáticas.