As fontes de energias renováveis receberam cerca de R$ 17,8 bilhões em subsídios ano passado. A quantia equivale a 44,4% de todos os incentivos e encargos setoriais que são pagos pelos consumidores brasileiros através das faturas de energia, totalizando R$ 40,3 bilhões no último ano.
Do incentivo para as fontes renováveis, R$ 10,8 bilhões são relacionados aos descontos nas tarifas para as fontes incentivadas, que são as grandes usinas eólicas e solares. E os outros R$ 7,1 bilhões correspondem aos incentivos para a GD (geração distribuída).
Juntado os 2 subsídios para renováveis, eles representam o maior custo da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), que agrega os encargos do setor e é cobrada na conta de luz de todos os consumidores.
Essas fontes de energia já superaram a despesa de R$ 11,4 bilhões da CCC (Conta de Consumo de Combustíveis), em 2023. Esse valor é utilizado para comprar combustíveis para as térmicas dos chamados sistemas isolados, regiões sem conexão com o SIN (Sistema Interligado Nacional). A maioria fica localizada na Amazônia.
Entendendo os 2 principais subsídios:
- Na GD ou geração distribuída: o consumidor coloca uma placa de energia solar na sua casa ou empresa para gerar energia e usar o que for necessário. O excedente é distribuído nos fios que passam em frente ao seu endereço. Você recebe de volta por essa energia jogada no sistema em forma de desconto na conta de luz, porém não paga o que deveria pelo uso dessa rede.
- Nas fontes incentivadas: os grandes empreendimentos, como parques eólicos, fazendas solares e usinas de biomassa (em sua minoria) contam com desconto de 50% nas tarifas de transmissão e distribuição para usinas. Pagam menos para jogar a energia que geram na rede. O desconto está refletindo em uma energia mais barata para essas usinas e também para quem adquiri o direto delas através do mercado livre de energia.