O governo japonês, como resultado da missão governamental à Ásia, através do Ministério da Economia, Comércio e Indústria (Meti), divulgou a aprovação de um projeto estratégico destinado a formulação de um MasterPlan para a geração e consumo de hidrogênio verde no Rio Grande do Sul.
A iniciativa vai ser conduzida pela consultoria ERM Japan, em colaboração com o governo estadual, focando no aproveitamento do potencial de energia renovável da região e na consolidação das relações econômicas bilaterais. Durante a missão, o governador se encontrou com os representantes do governo do Japão para discutir as potencialidades do Estado na área de energias sustentáveis.
O projeto faz parte do programa de cooperação do Meti com países do Sul Global, que com o propósito de impulsionar a sustentabilidade e a descarbonização, ao mesmo tempo em que consolida os laços geopolíticos e econômicos entre o Japão e essas nações. A escolha do Rio Grande do Sul é devido a junção de fatores como o apoio governamental e o potencial da região para a produção local de hidrogênio verde, podendo ser consumido internamente ou exportado pelo Porto do Rio Grande.
Além de atender à estratégia do Japão na transição energética, a pesquisa irá contribuir para o desenvolvimento de infraestrutura no Estado, colocando o Rio Grande do Sul como referência em inovação e sustentabilidade energética na América Latina. O projeto reflete o compromisso do governador Eduardo Leite em colocar o Estado como protagonista na economia global verde.
O que é hidrogênio verde?
É considerado a forma mais limpa e sustentável de hidrogênio, porque é produzido através de eletrólise da água, um processo que usa a energia elétrica para separar as moléculas de água em hidrogênio e oxigênio.
Quando a eletricidade utilizada é oriunda de fontes renováveis, como energia solar, eólica ou hidrelétrica, o hidrogênio resultante é livre de emissões de carbono.
Isso torna o hidrogênio verde a alternativa ideal para combater a mudança climática diminuir a pegada de carbono.
Contudo, essa tecnologia ainda é cara e dependente da disponibilidade de energia renovável em larga escala para se tornar economicamente viável.