Algumas das principais fabricantes dos Estados Unidos planejam pedir ao presidente eleito do país, Donald Trump (Partido Republicano), que não abandone as regulamentações federais que estão obrigando a indústria automotiva a vender carros elétricos. Entre as montadoras estão a Ford, Stellantis e GM (General Motors). As informações foram divulgadas pelo The New York Times.
A maior parte das fabricantes não estavam de acordo com as regras mais rígidas estabelecidas pelo presidente Joe Biden (Partido Democrata). Porém, elas já investiram bilhões na alteração para veículos elétricos. Se Trump cumprir a promessa de fazer uma mudança abrupta nas regulamentações do setor, as montadoras temem um prejuízo.
O republicano critica as regras para o setor, que pretende reduzir a quantidade de poluição emitida pelos escapamentos, simultaneamente elevando os padrões de economia de combustível. As limitações iniciaram no governo de Barack Obama (Partido Democrata).
Biden retoma regulamentações em seu mandato
As medidas determinadas no mandato de Biden, que retomou a regulamentação do setor após a primeira gestão de Trump na Presidência norte-americana, foram feitas com a contribuição das fabricantes e afetam os veículos a partir do ano modelo 2027, sendo mais rígidas a partir de 2032.
De acordo com o New York Times, lobistas do setor procuram somente algumas mudanças nas regulamentações, como aumentar o prazo para que as medidas sejam cumpridas e reduzir as punições para as marcas que não atenderem aos requisitos. O The New York Times disse que a relação de Trump com Elon Musk, CEO da Tesla, é um fator imprevisível nas negociações com o presidente eleito. A empresa de Musk é a dona da metade das vendas de carros elétricos nos EUA.
A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos prevê que as novas regras façam com que, até 2032, cerca de 56% dos novos veículos vendidos seriam elétricos e 16% híbridos, em relação com 9% e 11% atualmente, respectivamente.
No dia 12 de novembro, o presidente da Alliance for Automotive Innovation e representante de 42 montadoras, John Bozzella, escreveu uma carta para Trump dizendo que para que o setor automotivo permaneça “bem-sucedido e competitivo”, ele necessita de “estabilidade e previsibilidade nos padrões de emissões relacionados a automóveis”.