A Eletrobras e Copel chegaram a um acordo para redistribuir ativos de produção e transmissão de energia no Brasil, no valor de R$ 5,5 bilhões. A informação foi divulgada em um fato relevante encaminhado à Comissão de Valores Mobiliário (CVM).
A operação, com o propósito de melhorar os portfólios das empresas, abrange o controle das hidrelétricas de Colíder (300 MW) e Mauá (361 MW), além do controle da transmissora Mata de Santa Genebra.
A Copel, por meio da subsidiária Copel GeT, comprou cerca de 49% da hidrelétrica de Mauá, no Paraná, e 49,9% da transmissora Mata de Santa Genebra (em São Paulo e no Paraná) da Eletrobras. Dessa forma, a companhia consegue 100% de controle dos ativos.
Em troca, a Eletrobras irá ficar com a hidrelétrica de Colíder, no Mato Grosso, além de receber R$ 365 milhões.
As duas empresas tem a racionalização de ativos como foco
Desde a privatização, as companhias vêm focando na racionalização de ativos.
A Copel realizou vendas da distribuidora de gás Compagás para a Cosan, da usina térmica de Araucária para a Âmbar, pertencente ao grupo J&F, e de 13 hidrelétricas de menor porte para a Electra, além do investimento em um crescimento sustentável.
A Eletrobras diminuiu o número de Sociedades de Propósito Específico (SPEs), transformando subsidiárias em subsidiárias integrais, vendendo usinas térmicas, cortando funcionários e se desfazendo de ativos considerados não estratégicos. Além disso, a empresa tem pretensão de vender mais participações minoritárias.
Segundo a Copel, essa operação trará benefícios imediatos à empresa, como ganhos de sinergia pela simplificação da estrutura operacional e administrativa, permitindo compensar após o fechamento de aproximadamente R$ 170 milhões “de prejuízos fiscais contabilizados referentes à impairment de Colíder”.
“Como resultado da transação a Eletrobras aumentará a sua capacidade instalada de geração em 122 MW, com acréscimo de Ebitda e lucro líquido a partir do fechamento e redução de dívida líquida”, de acordo com a companhia energética.