Além da reposição da inflação, os clientes das concessionárias da Light (RJ), Copel (PR), Neoenergia de Brasília, de Pernambuco, do Rio Grande do Norte, da Bahia vão poder ter mais uma cobrança adicional no reajuste do ano que vem. Estas companhias protocolaram uma solicitação a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para cobrar R$ 251 milhões na conta de luz dos seus consumidores no próximo reajuste fazendo uma revisão tarifária extraordinária.
A Aneel abriu uma consulta pública para coletar sugestões para a cobrança que, por enquanto, é só um pleito feito à Agência.
A recomposição dos R$ 251 milhões foi solicitada pelas concessionárias em função das perdas operacionais que aconteceram na pandemia de Covid-19. Ocorreu dois efeitos marcantes da pandemia no setor de distribuição de energia: a redução de mercado e o crescimento na inadimplência, segundo a Aneel.
Se o acréscimo solicitado for aprovado, os preços entram como componente financeiro no próximo reajuste. Na concessão das companhias do setor elétrico, o consumidor é quem deve bancar qualquer desequilíbrio que aconteça no contrato de concessão. Por isso, esses recursos estão sendo solicitados para compensar parte das perdas que as companhias tiveram.
As concessionárias solicitaram os seguintes valores para reequilibrar os seus contratos: R$ 49 milhões, da Light (RJ); R$ 122 milhões, da Coelba- Neoenergia Bahia; R$ 23 milhões da Neoenergia Pernambuco; R$ 16 milhões da Cosern (Neoenergia Rio Grande do Norte); R$ 11 milhões da Neoenergia Brasília e R$ 32 milhões da Copel, do Paraná.
Estes valores vão poder representar o aumentos de 1,2% a 3,4%, sendo em específico de 1,2% para os clientes da Neoenergia Pernambuco e 3,4% para os consumidores da Bahia, além de 1,7% na conta dos clientes da Light; 2,0% nos consumidores do Rio Grande do Norte; 2,1% para os usuários da Neoenergia Brasília e 1,2% para os consumidores da Copel.