A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), na quinta-feira, 26 e setembro, disse que as queimadas que estão acontecendo no Brasil causaram, de junho a agosto, um prejuízo estimado de R$ 14,7 bilhões em 2,8 milhões de hectares de propriedades rurais no Brasil.
De acordo com a entidade, a projeção leva em consideração fatores como perda de matéria orgânica, produção, queda na produtividade, cercas em áreas de pastagem e potássio e fósforo nas camadas superficiais do solo.
De acordo com o sistema BDQueimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), de 1º de junho a 31 de agosto, o Brasil teve 103.545 focos de incêndio.
O país terminou o mês de agosto de 2024 com o pior número de queimadas em 14 anos. Foram 68.635 ocorrências, o 5º maior da série histórica, que começou em 1998. Foi um crescimento de 144% em comparação com o mesmo período de 2023.
Setembro já superou o número de focos de incêndio de agosto e até o momento, é o pior mês deste ano quanto a ocorrência de queimadas. O mês acumulou 79.499 focos de incêndio. Em 2024, são 206.550 ocorrências do tipo.
O Brasil vive, além do crescimento dos focos de incêndio, uma estiagem severa com a pior seca histórica em 44 anos, de acordo com o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), ligado ao MCTI (Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação).
A seca e a estiagem que estão afetando a maior parte dos municípios são comuns no inverno brasileiro. A temporada começou em junho e seguiu até o final de setembro.
Contudo, a intensidade em aconteceram, este ano, foi atípica. Uma das causas são as intensas ondas de calor. Outra é a antecipação da seca. Em algumas regiões do Brasil, o período de seca iniciou antes do inverno. No Amazonas, por exemplo, a seca se intensificou quase 1 mês antes do previsto, já no começo de junho.