Os veículos elétricos estão cada vez mais estabelecidos no Brasil, isso é um fato e não existe muita margem de discussão para este assunto.
Vai ser comum nos próximos anos observar veículos com esta tecnologia em nossas ruas, especialmente após 2026 quando novas plataformas chegarão ao nosso mercado.
A China, com domínio de mais de 70% da produção mundial das baterias, é a principal alavanca para este processoe o principal mercado a ser observado. Segundo dados disponibilizados pela Marklines, a produção total de veículos no acumulado de abril indicava uma alta de 8% em relação ao período anterior. Já em junho, na soma combinada, a alta indicava números de apenas 4,9% mostrando uma desaceleração.
É fundamental enfatizar que ano passado, a China estabeleceu o seu recorde na produção de veículos com quase 30,2 milhões de unidades e, a depender das condições de mercado, poderá facilmente superar este número esse ano.
Há pouco tempo, algumas montadoras anunciaram uma mudança nos planos com respeito ao processo de eletrificação. Empresas como Chevrolet, Ford, JLR e Mercedes-Benz informaram que abandonaram o plano de eletrificação completa em suas linhas de produto para os próximos anos.
A alegação foi de que os números planejados de vendas não foram atingidos bem como a paridade de preço entre os veículos elétricos e a combustão é uma realidade distante.
Em relação ao mercado brasileiro, não se espera que o carro elétrico tenha predomínio nos próximos anos. A infraestrutura é falha e mesmo que exista um número crescente de carregadores públicos à disposição, o Brasil ainda está distante dos principais mercados quando se divide a quantidade de carregadores públicos disponíveis pela área do país.
De acordo com alguns especialistas, o ideal é que relacione cada carregador com 10 veículos em circulação. Com um conjunto de eletrificados estimado em 160 mil veículos, seriam necessários 16 mil carregadores e atualmente o número é pouco superior a metade disso. O cenário atual indica que o nosso país, em relação aos eletrificados, será o país dos híbridos.