Os veículos elétricos são geradores de economia financeira se compararmos com os de combustíveis. Por um lado, a energia elétrica custa menos do que a gasolina, diesel e o etanol, assim como os incentivos fiscais do governo.
Do outro, as taxas altas de juros e os preços elevados podem fazer com que o interesses dos consumidores por esses automóveis diminua.
A Descarbonize Soluções, empresa especializada em soluções de energia, para verificar a diferença de valores fez uma simulação dos gastos em viagens feitas com carros elétricos e com carros a combustão. Divulgados de forma exclusiva para o site E-Investidor, os resultados apontam uma economia de cerca de 72% nos automóveis movidos a energia elétrica.
O levantamento levou em consideração três modelos de veículos: BYD Dolphin, BYD Dolphin Mini e GWM Ora 03, os carros mais vendidos no Brasil no primeiro semestre de 2024. Foram considerados 280 km de trajeto para os cálculos, para que veículo pudesse percorrer as rotas com sua bateria completamente carregada. Foi considerado o valor médio de R$2,50 por kwh para as recargas feitas em pontos no caminho.
Para carros que utilizam gasolina, foi considerado o valor médio de R$5,60 por litro do combustível. Também foi levado em conta que, por litro, cada carro a combustão percorre, normalmente, 12 km. O estudo levou em consideração algumas das rotas de viagens turísticas principais feitas no Brasil, passando por diferentes regiões do país. Os percursos indicados correspondem ao trajeto de ida e volta, não quantificando possíveis passeios feitos fora da rota principal ou nas cidades visitadas.
A CMO da Descarbonize Soluções, Tatiana Fischer, explica que os veículos elétricos estão consolidando seu lugar no mercado. “No Brasil, assim como em grandes potências como a China, a tendência é de crescimento no setor, e os benefícios que estão atrelados a essa tecnologia são os mais diversos. É mais um dos caminhos para a inovação”, revelou.
No entanto, um estudo realizado pela Deloitte, mostrou que há um movimento inverso em alguns mercados. A preferência por carros à combustível pulou de 58%, em 2023, para 67%. Em outros países desenvolvidos, o mesmo foi registrado: na Alemanha, o índice aumentou de 45% para 49%; na Coreia do Sul, a taxa saiu de 34% para 38%; no Japão, de 30% para 34%; e no Sudeste da Ásia o salto foi de 50% para 52%.