No Brasil, a transição energética foi iniciada na década de 1930 com a mistura de etanol nacional à gasolina, no começo seu propósito era reduzir a dependência de combustíveis importados. Ganhou força com o projeto Proálcool em 1975, desenvolvido para aproveitar o excedente de cana-de-açúcar, ganhando relevância para diminuir nossa dependência de petróleo importado.
A evolução tecnológica levou a fabricação dos veículos flex, capazes de utilizar gasolina e etanol em diferentes proporções.
Recentemente, a hibridização da frota vem sendo vista como uma solução para fortalecer a transição energética do país, principalmente com o uso do etanol. Há, no entanto, questionamentos sobre a longevidade dessa tecnologia.
China e Europa
A China está investindo em carros elétricos para vencer a desvantagem competitiva em comparação a veículos tradicionais europeus e norte-americanos e diminuir a poluição nas grandes cidades. Utilizando os princípios estratégicos de Michael Porter, vem se diferenciando ao competir em um setor onde os líderes não tinham supremacia e aproveitou o amplo mercado interno para obter economia de escala e praticar preços competitivos no exterior.
Juntando custos baixos, inovações e design avançado, as fabricantes chinesas atingiram a liderança em custos e conseguiram destaque em diferenciação tecnológica. Aplicando conceitos clássicos de estratégias competitivas de Porter, algo visto em cursos de graduação em Administração. O pior inimigo das fabricantes convencionais se materializou em competidores que nem estavam no radar.
A Europa incentivou os carros elétricos através das políticas governamentais, mesmo com parte de sua energia ainda sendo produzida por fontes fósseis, podendo parecer contraditório. No entanto, a descarbonização da matriz energética europeia está em andamento, com nações como Portugal usando basicamente fontes renováveis, a França fazendo uso de energia nuclear, e iniciativas para reduzir carvão na geração elétrica como foi feito na Inglaterra e na Itália.
Esse processo faz da adoção de veículos elétricos ambientalmente mais justificável, o que beneficia toda a frota ao passo em que a geração de energia se torna mais limpa.