Ao longo da história, um dos insumos mais importantes para a economia brasileira foi a cana-de-açúcar. Com o passar dos anos, outras monoculturas tomaram conta do país, mas a cana ganhou novos propósitos dentro do setor energético.
Além de ser matéria-prima a partir da sacarose – utilizada na purificação de açúcar na indústria alimentícia e na fermentação para produção de etanol -, a cana-de-açúcar é um dos principais insumos utilizados na energia de biomassa. Ao lado da lenha, resíduos agrícolas, algas e esterco, o bagaço de cana-de-açúcar representa grande parte da produção dessa fonte.
Para efeito de comparação, a cana representou 71% de toda a energia gerada a partir de biomassa no primeiro semestre de 2023. Tal feito equivale a 13,8 milhões de MWh gerados, todos gerados a partir do bagaço da cana-de-açúcar.
Cana-de-açúcar e biomassa: saiba mais
Ainda assim, é preciso explicar como a cana-de-açúcar se transforma em energia e isso acontece a partir de usinas termoelétricas. Ao todo, existem mais de três mil usinas termoelétricas no Brasil.
Os geradores, ativados pelo vapor, transformam a energia cinética em energia elétrica, sendo esta direcionada para torres de transmissão e, subsequentemente, distribuída aos consumidores.
No caso da biomassa, não há a utilização de materias fósseis, sendo uma fonte renovável. Biomassa é toda matéria vegetal e orgânica existente, tendo seu calor extraído não apenas através da queima, mas também de sua decomposição.
A cana-de-açúcar é avaliada em laboratórios e tem seu açúcar extraído, restando apenas o bagaço. O material é, então, queimado, gerando vapor e energia mecânica, que torna-se em energia elétrica a partir da movimentação das turbinas.