A empresa Enel começou a investir em um plano de modernização e reforço de suas redes aéreas de energia em São Paulo. Em sua fase inicial, uma das ações, é o Projeto Resiliência de Rede, que irá receber investimentos de R$ 36 milhões para aprimorar os sistemas da distribuidora em três bairros nesta primeira etapa.
O projeto tem pretensão de aumentar a flexibilidade e a resiliência do sistema, especialmente durante eventos climáticos. É mais uma resposta da companhia após os diversos registros de apagões entre o final de 2023 e o início de 2024 na capital e na região metropolitana de São Paulo.
Como vai funcionar
Inicialmente, o piloto está sendo executado, em três bairros: Alto de Pinheiros (São Paulo), Parque dos Príncipes (Osasco) e Alvarenga (São Bernardo do Campo). De acordo com a empresa, em torno de 60.000 clientes irão ser beneficiados. A partir dos resultados, a iniciativa pode ser expandida para outras regiões.
Conforme a Enel, esse projeto intensifica ações de automação do sistema. Irão ser instalados novos religadores e equipamentos de telecontrole, aumentando 63% na área. Hoje em dia, cada telecontrole atende a 770 clientes nesses bairros. Nos próximos meses, cada equipamento atenderá cerca de 470 clientes, resultando em um ganho de eficiência para o sistema.
“Esses dispositivos permitem o gerenciamento remoto da rede a partir dos centros de operação, resolvendo desarmes momentâneos da rede de distribuição e restringindo as falhas permanentes a um menor grupo possível de clientes”, explica o presidente da Enel São Paulo, Guilherme Lencastre.
Também está incluída na iniciativa a instalação, até dezembro, de novas interligações entre os circuitos e componentes de rede aérea protegida e isolada, na qual os condutores serão revestidos com camadas adicionais de proteção. A empresa irá fazer a substituição de 60 km de cabos por esses modelos compactos, mais resistentes ao impacto da vegetação.
O objetivo é diminuir o tempo médio para religamento da energia nesses locais. “A resiliência da rede permite que as áreas afetadas sejam realimentadas remotamente, reduzindo o impacto em condições climáticas adversas e aprimorando os nossos serviços”, afirmou Lencastre.