O MME (Ministério de Minas e Energia) aprovou, na última sexta-feira, 1 de novembro, a Neoenergia Pernambuco a ampliar a geração de energia limpa em Fernando de Noronha, através do projeto Noronha Verde.
De acordo com a iniciativa, em até dois anos, a principal fonte de energia da ilha será transformada radicalmente.
As termelétricas movidas a diesel vão sair e entrarão no lugar somente as placas de energia solar.
A iniciativa projeta a instalação de uma planta híbrida solar fotovoltaica combinada a um banco de baterias.
Ainda, estão previstas ações de eficiência energética para conscientizar a população focando no consumo eficiente da energia elétrica na ilha, objetivando a sustentabilidade e à qualidade do fornecimento neste sistema isolado.
A previsão de investimento para o projeto é de R$ 300 milhões.
O objetivo é que ação dos sistemas de energia solar entre em operação no início de 2027.
A mudança na matriz de energia elétrica não irá provocar custos adicionais para os moradores da ilha, de acordo com a Neoenergia.
Substituir a atual matriz energética
A iniciativa está planejando substituir a atual matriz energética, que é em sua maior parte abastecida por diesel, por fontes limpas e renováveis, chegando a uma descarbonização de 85% no arquipélago.
O projeto faz parte dos esforços do Governo Federal e do Governo do Estado de Pernambuco para impulsionar a transição energética e diminuir a dependência de combustíveis fósseis, que são mais poluentes.
Além disso, a iniciativa irá contribuir para a redução dos encargos e subsídios na conta de luz, que são pagos por todos os consumidores do país por meio da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC).
A autorização do MME determina que, nos próximos 30 dias, a Neoenergia apresentará um plano de investimento detalhado para o projeto, que vai ser licenciado pela CPRH (Agência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco) e contará com anuência do ICMBio.
O cronograma estima que, depois da apresentação e aprovação do plano de investimentos pela Neoenergia, a fase de licenciamento ambiental irá ser iniciada, envolvendo um amplo debate com a comunidade noronhense.
Após isso, a fase de implantar e operar as placas solares se dará, com a projeção de que a transição energética seja concluída em 2026.