O Ministério de Minas e Energia (MME) autorizou, numa sexta-feira, 1 de novembro, que a Neoenergia Pernambuco amplie a produção de energia sustentável em Fernando de Noronha, por meio do projeto Noronha Verde.
Segundo o projeto, em até dois anos, a principal fonte de energia do arquipélago será transformada radicalmente.
As termelétricas movidas a diesel serão desinstaladas e vão entrar no lugar apenas as placas de energia solar.
A iniciativa está desenvolvendo a implementação de uma planta híbrida solar fotovoltaica combinada a um banco de baterias.
Junto ao projeto, algumas ações de eficiência energética para conscientização da população com foco no consumo eficiente da energia elétrica na ilha estão sendo planejadas, priorizando a sustentabilidade e à qualidade do fornecimento neste sistema isolado.
A projeção inicial para investimento para o projeto é de R$ 300 milhões.
O propósito é que os sistemas de energia solar entre em operação no início de 2027.
Segundo a Neoenergia, a transformação da matriz de energia elétrica não provocará custos adicionais para os moradores da ilha.
Substituição da atual matriz energética
O projeto faz parte dos esforços do Governo Federal e do Governo do Estado de Pernambuco para estimular a transição energética reduzindo a dependência de combustíveis fósseis, que não são limpos.
A ação também contribuirá para a diminuição dos encargos e subsídios na conta de luz, que são pagos por todos os consumidores do país através da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC).
A aprovação do MME estabeleceu que a Neoenergia apresentasse um plano de investimento com detalhes do projeto, que será licenciado pela CPRH (Agência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco) e vai contar com anuência do ICMBio.
O cronograma prevê que, após a apresentação e aprovação do plano de investimentos da Neoenergia, a etapa de licenciamento ambiental será iniciada, abrangendo uma ampla discussão com a comunidade noronhense.
Depois disso, a etapa de implantação e operação das placas solares vai ocorrer, com a previsão de que a transição energética seja finalizada em 2026.