A energia elétrica residencial registrou um crescimento de 5,29% na prévia da inflação de outubro, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última quinta-feira, 24 de outubro. O item teve o maior impacto mensal no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que apresentou uma variação positiva de 0,54% e crescimento de 3,71% no acumulado de 2024.
O acionamento da bandeira tarifária vermelha patamar dois, a partir de 1º de outubro, teve influência no comportamento na mudança de setembro (0,84%) para outubro. A medida acrescenta um custo de R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
O atual panorama de estiagem de chuvas faz com que as termelétricas, com energia mais custosa que as hidrelétricas, passem a operar mais. A situação climática fez com que uma sequência de bandeiras verdes de mais de dois anos, iniciada em abril de 2022, fosse paralisada em julho de 2024 com a bandeira amarela.
Aumento nas contas de luz
De acordo com a pesquisa, a conta de luz dos brasileiros soma um crescimento de 7,38% no período de janeiro a outubro. Para o cálculo do IPCA-15, os valores foram coletados no período de 14 de setembro a 11 de outubro de 2024 e comparados com aqueles vigentes de 15 de agosto a 13 de setembro de 2024.
O indicador se refere às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e contempla as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.
A cidade que apresentou a maior elevação de energia elétrica residencial no IPCA-15 de outubro foi Goiânia, com aumento de 6,51%. Todas as demais áreas pesquisadas também registraram elevação na conta de luz no período:
- Goiânia: 6,51%
- Distrito Federal: 6,39%
- São Paulo: 6,23%
- Recife: 6,11%
- Curitiba: 5,77%
- Fortaleza: 5,65%
- Porto Alegre: 5,37%
- Salvador: 5,28%
- Rio de Janeiro: 3,98%
- Belém: 3,90%
- Belo Horizonte: 3,78%