O Brasil anunciou planos ambiciosos que podem transformar o cenário geopolítico da América Latina, a construção de um porta-aviões nuclear até 2040.
O projeto vai colocar o país ao lado das maiores potências navais do mundo e causar um impacto profundo na projeção de poder e segurança na região.
No entanto, o caminho para chegar essa meta é cheia de desafios complexos, tanto operacionais quanto financeiros.
Para compreender o impacto dessa iniciativa, é necessário relembrar que o Brasil tem a maior extensão costeira da América do Sul, banhada pelo Oceano Atlântico e protegida por uma zona marítima cheia de biodiversidade e recursos naturais, intitulada de Amazônia Azul.
Essa região é extremamente importante e estratégica para o país, que quer preservar seus interesses econômicos e ambientais.
De acordo com a Marinha, um porta-aviões de propulsão nuclear permitiria que o Brasil reforce a proteção desse território e participe de operações em águas internacionais, expandindo sua presença no cenário mundial e fortalecendo o sistema de defesa nacional.
“Esta capacidade nuclear nos colocaria em outro patamar, possibilitando operações mais amplas e estratégicas,” disse um representante da Marinha durante uma entrevista.
Mesmo com a ambição, especialistas alertam para as dificuldades do projeto. A criação de um porta-aviões nuclear demanda recursos tecnológicos e financeiros significantes.
Para desenvolver o plano, o Brasil necessita de investimentos maciços em infraestrutura e treinamento.
Segundo o Almirante Marcos Sampaio Olsen, há uma necessidade urgente de fortificar a base financeira da Marinha e construir uma cadeia de suprimentos confiável para apoiar essa embarcação.
A experiência de outras nações, como os Estados Unidos e a França, aponta que a operação de porta-aviões nucleares envolve uma logística complexa, com sistemas de segurança e manutenção de alto custo.
“É um investimento que não se justifica sem uma estrutura econômica sólida para garantir operação e manutenção contínuas,” destacou Olsen.
Além disso, analistas tem dúvidas se o Brasil está preparado para lidar com os aspectos técnicos e enfrentar os riscos inerentes ao desenvolvimento de uma embarcação deste porte.