O estado de São Paulo viveu recentemente, em 2014, a pior crise hídrica de sua história, quando o Sistema Cantareira atingiu uma baixa recorde em seu armazenamento de água. Apesar do cenário de calamidade não ter se repetido – e tampouco superado -, os anos consecutivos proporcionaram anos de baixas na pluviosidade.
No ano de 2021, por exemplo, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) registrou que os reservatórios que abastecem as regiões Sudeste e Centro Oeste tiveram apenas 32,12% de sua capacidade máxima. Também resultante das mudanças climáticas, a baixa nas chuvas nos últimos anos afeta a oferta de energia, que acaba abaixando, e o preço, que aumenta por consequência.
Isso se deve ao fato da energia derivada de fontes hidráulicas corresponderem a uma grande parte da matriz energética brasileira e, portanto, quando há problemas em seu abastecimento, a produção energética é comprometida como um todo, devido ao fato de não haver alternativas de fontes de energia para cumprir com a demanda nacional.
Solução para a escassez de energia hidráulica
Para solucionar a baixa disponibilidade de energia, o governo brasileiro está realizando medidas de contenção para prevenir uma potencial vulnerabilidade e a dependência de apenas uma fonte de energia. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), de 2013 a 2021, a porcentagem de energia gerada por meio de fontes hidráulicas caiu de 81,8% para 65,2%, com um aumento significativo de fontes como biomassa, eólica e fóssil.
Dessa forma, pode-se observar que os resultados apontam uma maior diversificação da matriz energética, que é essencial para suprir a demanda de energia quando as fontes hidráulicas sub performam.