Os futuros contratos de café arábica devem reduzir em torno de 30% até o fim desse ano, com a projeção de que os recentes recordes de valores diminuíram a demanda, já os primeiros sinais apontam para uma safra abundante no Brasil em 2026, de acordo com estudo da Reuters na última quinta-feira, 13 de fevereiro.
O estudo apontou a previsão média para os valores do café arábica ao fim de 2025 de US$2,95 por libra-peso, uma redução de 30% em comparação com o fechamento de quarta-feira e uma redução de 6% em comparação com o fim de 2024.
“A demanda ficará estagnada em resposta aos preços muito altos”, afirmou um participante do estudo em 12 traders e analistas.
O crescimento dos valores foi o alimentado pela expectativa de uma safra reduzida de arábica no Brasil, o maior produtor, na temporada 2025/26, na qual a colheita se inicia por volta de maio.
Previsões para o café em 2025/26
A média das previsões da safra brasileira de café arábica de 2025/26 no estudo foi de 40,55 milhões de sacas, um valor menor que 43,4 milhões da safra anterior.
Contudo, diversos participantes, indicaram que o potencial de uma safra maior na temporada 2026/27, será colhida em 2026.
“Se conseguirmos atravessar o período de geada/chuva sem danos, deve haver uma safra maciça de 26/27 no Brasil no horizonte”, afirmou o outro participante.
Os custos do café arábica estavam no mercado de commodities com melhor desempenho do ano passado, aumentando em torno de 70%, e continuaram a aumentar em 2025, alcançando o recorde de US$4,2995 em 11 de fevereiro.
A safra total do país deverá ser reduzida em 66,4 milhões de sacas em 2024/25 para 64,6 milhões, com um crescimento de geração de canéforas (conilon e robusta) compensando parcialmente a queda da produção de arábica.
Os preços do café robusta vão terminar 2025 a US$4.200 por tonelada métrica, 28% menor que o fechamento de quarta-feira, apresentando uma redução anual de 14%.