Uma pesquisa publicada na revista Nature Communications apontou que a região do Ártico pode enfrentar seu primeiro verão sem gelo já em 2027. A projeção foi com base em modelos e simulações de computador.
O balanço foi realizado pela professora de climatologia na Universidade de Gotemburgo, na Suécia, Céline Heuzé. De acordo com a pesquisadora, os eventos climáticos extremos são a principal causa do descongelamento. As correntes oceânicas atuam no afinando o gelo, que é derretido por baixo.
As simulações apontam que o Ártico poderia ter o primeiro dia sem gelo de 9 a 20 anos a partir do ano passado, independentemente das mudanças nas emissões de gases de efeito estufa. No entanto, também indica que diminuir as emissões pode retardar o processo.
“O sudeste da Groenlândia contribui significativamente para o aumento global do nível do mar, com a perda de massa tendo aumentado em cerca de 600% nos últimos 30 anos devido ao derretimento aprimorado”, disse a pesquisa.
Entre os pontos estudados a respeito do aquecimento global, o estado ressalta a importância de limitar o aquecimento mundial de 1,5°C até 2100. Além disso, a perda de gelo marinho pode causar impactos no clima global e aumentar a frequência de eventos climáticos extremos, especialmente no hemisfério norte.
Aumentam o número de áreas áridas no planeta
Uma pesquisa recente da Interface de Política Científica da ONU (Organização das Nações Unidas) apontou uma transformação de terras úmidas em áreas áridas, atingindo 40% das terras globais, excluindo a Antártica. A alteração, em área que equivale a um território maior que a Índia, aconteceu nas últimas 3 décadas.
O relatório ainda indica riscos para a agricultura, como a possível redução da produção de milho no Quênia pela metade até 2050. As terras áridas, na qual 90% da precipitação é perdida por evaporação, podem ter até 2/3 de sua capacidade de armazenamento de água diminuída até o final do século, escancarando as dificuldades para a sustentabilidade ambiental.