A implementação de tecnologias robotizadas e 100% customizadas em usinas solares de geração centralizada (GC) vem demonstrando um impacto direto na redução dos custos (OPEX) e num crescimento da eficiência das operações nesses tipos de empreendimentos.
Em entrevista exclusiva ao portal Canal Solar, o Asset Manager da EDP Renováveis, Rodrigo Antônio Panham, enfatizou que soluções como robôs autônomos e o uso da inteligência artificial (IA) para controlar a vegetação e monitoramento de equipamentos tanto melhoram processos, como também otimizam segurança em campo e asseguram maior retorno financeiro aos projetos.
O executivo também comentou sobre a importância de as companhias do setor realizarem colaborações com startups e universidades para gerar soluções robotizadas e personalizadas para atender as demandas presentes em cada parque solar.
A entrevista foi concedida pelo executivo na última quinta-feira, 5 de dezembro, na 4ª edição do Solar O&M Fórum, que ocorreu na Blue Ocean Business Events, no Novotel Center Norte, em São Paulo.
O evento contou com a presença de executivos, desenvolvedores de projetos de energia renovável, fabricantes, fornecedores e ISPs (provedores de serviços independentes) para debater as tendências, as dificuldades operacionais e as melhores práticas no segmento de O&M de energia solar e eólica.
Na programação estavam inclusos programas como painéis de debates, apresentações de casos reais e sessões de networking exclusivas, com uma visão estratégica de várias multinacionais relacionada ao futuro da operação e manutenção no setor de renováveis no Brasil.
Confira a fala do executivo, Rodrigo Panham:
“Na geração centralizada, vejo uma oportunidade imensa para a aplicação de novas tecnologias.
Um exemplo é a inteligência artificial, que, embora ainda seja um conceito relativamente novo, representa o caminho para maximizar a eficiência e reduzir custos operacionais.
Outro ponto relevante é a robotização, que tende a melhorar significativamente o OPEX, especialmente ao reduzir a necessidade de profissionais em campo.
Isso é crucial no controle de vegetação, uma área que, além de ser custosa, está associada à maioria dos acidentes em saúde e segurança no setor.
Hoje, ainda há uma falta de escala comercial para a implementação de robôs autônomos em parques centralizados, mas o potencial é enorme para novos desenvolvedores.
Por exemplo, firmamos uma parceria com uma universidade na Espanha para desenvolver um robô capaz de operar na nossa usina com a mesma eficiência de um trator, mas com maior autonomia”.