O Intersolar South America 2024, maior evento solar da América Latina, finalizou essa edição com um recorde de expositores e visitantes, com destaque a crescente relevância da energia solar no país e no mundo. Realizada em São Paulo, no Expo Center Norte, de 27 a 29 de agosto, a feira obteve mais de 600 empresas e 55 mil visitantes, se consolidando como o palco principal de inovações e tendências no setor fotovoltaico e termossolar.
O foco do evento foi, principalmente, as tecnologias fotovoltaicas, com destaque para a produção de células e módulos até a integração de sistemas e gestão de energia. Um ponto evidente foi a presença de fabricantes chineses de placas solares, dominando o espaço de exposição com seus produtos de última geração, alta tecnologia e preços competitivos. Essa participação ilustra o quão dependente é o mercado brasileiro em relação aos fornecedores asiáticos, especialmente no segmento de equipamentos, que é estratégico para o crescimento da energia solar no Brasil.
Empresas brasileiras foram presenças fundamentais
O evento também foi um ponto de encontro importante para empresas de serviços, abrangendo áreas como venda, comercialização, instalação e manutenção dos sistemas solares. Essas empresas desempenham um papel essencial na possibilidade de projetos fotovoltaicos, principalmente em um mercado que cresce rapidamente como o brasileiro. A comercialização da energia solar também foi um dos temas destacados, com discussões sobre os modelos de negócios que permitem a venda direta de energia renovável para consumidores finais, o que promove a descentralização do mercado.
Outro aspecto debatido na feira, foi o potencial da energia solar para pequenos e grandes consumidores, o que reflete no interesse crescente nas soluções de geração distribuída e usinas de médio e grande porte. Os debates no congresso enfatizaram como o país, com sua ampla incidência solar, tem um terreno fértil para expandir o uso de painéis solares, tanto em residências quanto em empreendimentos comerciais e industriais.
Alguns especialistas pontuaram que, para alavancar esse potencial, é fundamental superar desafios relacionados à regulamentação, financiamento e integração com a rede elétrica, além dos investimentos na inovação e na modernização das infraestruturas existentes.
A presença de empresas nacionais foi significativa, para mostrar que o Brasil está evoluindo na cadeia de valor da energia solar, especialmente em serviços como consultoria, manutenção e integração de sistemas. Essas empresas não só consolidam a economia local, como também impulsionam a geração de empregos e o desenvolvimento de tecnologias adaptadas às condições climáticas e necessidades específicas do país.