De acordo com dados da consultoria Thunders, baseado nas informações mais recentes divulgadas pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), as 20 maiores comercializadoras de energia do país são responsáveis por negociar cerca de 51,77% do volume de energia total do mercado livre na média dos meses de julho de 2023 a julho de 2024.
As distribuidoras com maior volume negociado nesse período foram a Raízen Power, com 3.748,2 megawatts médios (MWm); a Auren, com 3.617,6 MWm; e o BTG Pactual, com 3.531, 3 MWm.
Mesmo com a concentração atualmente em poucas empresas, a tendência a curto prazo é de uma pulverização maior do mercado, com a entrada de novas comercializadoras. No entanto, ao longo do tempo, existe a expectativa de consolidação dessas empresas, em movimentos de fusões e aquisições.
No MLE (mercado livre de energia), os clientes podem escolher a empresa fornecedora de energia elétrica, através da contratação direta com o gerador ou por intermédio de uma comercializadora.
Na última década, esse mercado viveu uma intensa transformação, com a abertura gradual a mais consumidores. A partir de janeiro desse ano, todos os clientes de média e alta tensão passaram a ter essa opção, porém com a necessidade de entrar no ambiente livre através da contratação de uma comercializadora.
A abertura levou a um maior desempenho no ambiente de comercialização. De acordo com dados da Thunders, em julho havia 239 comercializadoras ativas na CCEE, com vendas maiores que 10 MWmédios no mês. No mês, cinco novas empresas integraram este grupo: AES Tietê Integra, Luz Varejista, Galaxy Energy, Nexa Energy e Aeris Com.
O número dobrou nos últimos anos. Em 2017, havia menos de 100 empresas de comercialização ativas no mercado livre brasileiro.
Mesmo assim, o espaço para expansão ainda é grande. De acordo com a Thunders, em julho de 2024 havia 615 comercializadoras registradas na CCEE, porém, a grande parte sem praticamente nenhuma negociação.