Com uma extensão continental, o Brasil configura-se como um problema complexo no que tange a produção e distribuição de energia elétrica. Para tanto, o país conta com a regulamentação a partir da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Sistema Interligado Nacional (SIN).
A cadeia que leva a energia até sua residência não é muito simples. Ao todo, são quatro grandes pontos: gerador, transmissor, distribuidor e consumidor. Após ser gerada em uma estação geradora (como uma usina hidrelétrica, parques eólicas e afins), a energia é levada às redes de transmissão e então distribuída e comercializada por companhias locais para, então, ser consumida.
Com tantos processos, surge um preço elevado na energia do Brasil. A tarifa nacional é dividida em duas partes: a Tarifa de Energia (TE) e a Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD). Nesse último caso, é possível se conectar diretamente à etapa de transmissão, sendo então aplicado a Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão (TUST).
Na fatura referente ao valor total a pagar, 18,74% corresponde aos serviços de distribuição da empresa concessionária; 31,32% à compra de energia elétrica; 3,98% ao serviço de transmissão de energia elétrica; 5,7% referentes aos encargos setoriais; e 40,28% aos impostos indiretos e encargos (PIS, COFINS e ICMS).
Desconto na conta de energia: conheça tarifas alternativas
A cobrança e análise do consumo de luz costuma ser alinhavado pela tarifa convencional. Nesse modelo, há apenas uma tarifa sendo cobrada a todos os momentos, independente do horário ou dia da semana. No entanto, há duas grandes alternativas para conseguir desconto na conta de energia.
Tarifa social
A Tarifa Social de Energia Elétrica ou TSEE é um programa do Governo Federal que fornece apoio a famílias e pessoas em situações de vulnerabilidade social e financeira. O desconto da Tarifa Social pode chegar a 65%, reduzindo o impacto dos aumentos das bandeiras tarifárias.
A tarifa social é direcionada a famílias de baixa renda (renda menor ou igual a meio salário mínimo) inscritas no Cadastro Único (CadÚnico); idosos com 65 anos ou mais; pessoas com deficiência; e pessoas portadoras de doenças que fazem uso contínuo de aparelhos carregados na rede de energia elétrica.
Tarifa branca
Em alternativa à tarifa convencional, é possível solicitar a tarifa branca. Esse modelo conta com diferentes preços para diferentes faixas horárias. Ao todo, são três categorias ao longo do dia. A tarifa é mais elevado nos horários de ponta, enquanto são mais baixas em horários fora de ponta. Há ainda um valor intermediário.
A definição do que constitui os horários de ponta, intermediário ou fora de ponta acontece a partir de um acordo entre a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e as concessionárias de energia locais. A tarifa branca é uma alternativa exclusiva de consumidores das classes Residencial, Rural, Industrial, Comércio, Serviços e outras atividades, Serviço Público, Poder Público e Consumo Próprio.