A população não ver o barateamento das contas de luz, mesmo com açudes sangrando no Ceará após a quadra chuvosa e a alta produção de energia do Estado. Isso acontece devido ao fato de que a rede energética é interligada e o sistema de precificação de tarifas de energia não segue o modelo de oferta e procura.
A geração de energia elétrica brasileira deve crescer 10.1 gigawatts (GW) no ano de 2024, sendo o segundo maior avanço anula desde 1997, ficando atrás do ano passado.
A Aneel prevê aumento nas contas de luz
A Aneel, Agência Nacional de Energia Elétrica prevê um aumento de 5,6% nas contas de luz no Brasil ainda esse ano. O Ceará deve seguir o ritmo de crescimento com 18 usinas eólicas e fotovoltaicas sendo construídas, com potência de 802 megawatts de instalação. O estado também apresenta o maior aporte hídrico desde 2009, devido a boa quadra chuvosa registrada. Mesmo assim, a situação não impacta na geração energética, já que a energia hidrelétrica não é produzida no estado.
O Ceará com a sua formação de fontes eólicas (46,31%), fotovoltaica (22,48%) e térmica (31,21%), entretanto, mesmo com forte potencial de produção, não tem impacto na cobrança de tarifas energéticas.
Isso acontece por causa do Sistema Interligado Nacional (SIN), que permite a conexão da energia produzida por outras regiões. A energia que é gerada nas usinas da matriz cearense, por exemplo, pode ser utilizada no Mato Grosso do Sul, como é explicado pelo professor do departamento de Engenharia Elétrica da UFC, Universidade Federal do Ceará.
“A política de preços é definida a nível nacional. Você tem que pensar o sistema de energia em termos nacionais. A rede funciona como uma coisa só. Um exemplo bem claro, por exemplo, é São Paulo, que tem grande parte do consumo brasileiro, mas não tem parques eólicos”.
Essa aplicação ocorre em todo território brasileiro, independentemente de onde a dificuldade de geração.