Desde janeiro deste ano, a Eletrobrás contou com uma grande queda de valor no mercado, representando 10% de seu total. Como resposta, a companhia decidiu tirar mais de 200 milhões de ações de circulação do mercado.
O novo programa de recompra aprovado pelo conselho de administração prevê a aquisição de até 197,7 milhões de ações ordinárias (ELET3) e até 26,8 milhões de papéis preferenciais classe B (ELET6).
O objetivo da empresa, conforme elaborado em comunicado, é buscar maximizar a geração de valor para os acionistas. A operação, que prevê a alocação de capital de forma mais eficiente, teve início na última sexta-feira, dia 5, e não possui data para acabar, podendo ser estendida por 18 meses.
Eletrobras: o que explica retirada de ações?
Quando há a retirada de um montante tão grande de ações, como é o caso da Eletrobras, há algumas possibilidades. Segundo analistas, a companhia elétrica brasileira deve se enquadrar em em alguma – ou algumas – das suposições a seguir:
- A empresa acredita que suas ações estão baratas ou mal avaliadas pelo mercado;
- A companhia precisa distribuir ações aos executivos como bônus e não quer emitir novos papéis;
- Ela quer gerar valor ao acionista que continua em sua base, apesar da instabilidade do mercado.
Ao realizar a recompra, as ações ficam fora de circulação e não há redução no capital social. Atualmente, a companhia possui 1,97 bilhão de ações ELET3 e 268,7 milhões de papéis ELET6 circulando no mercado acionário doméstico.