Semana passada, quatro homens foram presos em flagranteporfurto de cabos em uma usina de energia solar na cidade de Diamantino (MT). Um dos suspeitos é funcionário do estabelecimento comercial que foi alvo do grupo de assaltantes.
Segundo informações da Polícia Militar, a quadrilha teria furtado em torno de 4 mil metros de cabos. Eles foram encontrados escondidos em uma área de mata e usavam um veículo como apoio para realização do crime.
Mesmo com a prisão dos suspeitos ter sido efetuada pela corporação, este evento não é apenas um caso isolado, já que recentemente outras cidades registraram crimes desta natureza.
Por exemplo, em Nova Santa Rita (RS), a Polícia Militarlocal foi recentemente acionada para investigar furtos qualificadosna cidade, depois de proprietários de usinas solares relatarem perdas de até 3,6 mil metros de cabos furtados em suas plantas.
O gerente de engenharia da CS Consultoria, empresa do Grupo Canal Solar que oferece serviços de comissionamento e vistorias técnicas em usinas fotovoltaicas pelo Brasil, Geraldo Silveira, explicou que oroubo de cabos em usinas solares é um problema recorrente, principalmente de cabos CA, que são normalmente mais visados.
“Isso ocorre porque o cabo CA contém cobre puro, que é mais valioso no mercado, enquanto o cabo CC é feito de cobre estanhado, que tem menor valor comercial. Por isso, os cabos CA são mais frequentemente alvo de furtos, especialmente durante a fase de construção de usinas”, disse ele.
Por essa razão, Silveira fala sobre aimportância de os proprietários das usinas se atentarem à segurança de seus ativos, especialmente durante a etapa de implementação das plantas fotovoltaicas.
“Durante a construção, é crucial ter vigilância no local, geralmente com seguranças armados realizando rondas no perímetro, pois enquanto a usina não está pronta, o sistema de segurança, como câmeras de CFTV, alarmes e sensores, ainda não está em funcionamento”, destacou.