A energia solar vem registrando um crescimento expressivo no Brasil nos últimos anos.
Segundo o Balanço Energético Nacional (BEN) de 2024, a geração de energia solar, incluindo a solar fotovoltaica e a solar térmica, obteve um aumento de 51,1% ano passado e se destacou como o que atingiu o maior avanço no Brasil nos últimos meses, o que a torna responsável por 1,7% de toda matriz energética brasileira.
O setor fotovoltaico, em relação apenas à capacidade de produzir energia elétrica para o país, responde por 7% do total.
Também conforme o Balanço, produzido pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) do Governo Federal, foram produzidos 50.633 GWh de energia a partir desses sistemas. Em comparação com 2022, o resultado que foi obtido está representando um avanço de 68,1%.
Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), por ser uma fonte de energia limpa e renovável, a geração realizada pelo segmento fotovoltaico até 2023 evitou a emissão de cerca de 45,5 milhões de toneladas de CO2 (gás carbônico) na geração de eletricidade.
Brasil na frente do mundo
O crescimento na geração obtido ano passado colocou o Brasil como responsável por 4% da energia fotovoltaica disponível em todo o mercado mundial durante o período.
Esses resultados expressivos atingidos pelo setor irão ajudar na manutenção do país entre os primeiros na lista dos países que possuem os maiores mercados de energia solar.
Segundo o relatório da Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA), o Brasil terminou 2023 como o sexto maior gerador de energia solar, só ficou atrás da China, Estados Unidos, Japão, Alemanha e Índia, respectivamente.
O segmento solar fotovoltaico, dividido entre geração distribuída e geração centralizada, continua atraindo um alto volume de investimentos. Para facilitar o crescimento, o setor recebeu um aporte de mais de R$ 202 bilhões nos últimos anos.
O grande volume de recursos também foi o responsável por gerar mais de 1,3 milhão de empregos verdes, postos de trabalho que contribuem para a diminuição das emissões de carbono, desde 2012.
O desfecho é que a expansão da geração solar em território nacional coloca o Brasil em posição de destaque na geopolítica mundial de transição energética.