Segundo o levantamento da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), entre janeiro e junho, 27.162 mil consumidores pediram a migração do mercado cativo de energia elétrica para o ambiente livre, a partir de dados da Agência Nacional de Energia (Aneel).
Esse número inclui todas as empresas que já comunicaram às distribuidoras de energia a intenção de entrar no ambiente livre, processo que pode chegar a durar 6 meses.
Saiba o motivo da migração para o mercado livre de energia
Até agora, só quem podia ingressar no mercado livre de energia, era: Quem usa alta tensão, como comércios e indústrias que precisam da voltagem acima de 2,3 kV (quilovolts). A partir de janeiro, qualquer negócio, como padaria ou restaurante pode ser beneficiado.
A maioria dos consumidores que anunciaram a migração são de empresas de menor porte, com a demanda menor que 500 kW (quilowatts), que equivale uma fatura mensal de R$10 mil. Eles tiveram a opção de migrar para o mercado livre a partir de janeiro de 2024.
Na contratação livre, o consumidor pode negociar a compra da energia elétrica, fatores como preços, prazos, fonte da geração e flexibilidade serão discutidos entre as duas partes, em vez de ser apenas repassado, como fazem as distribuidoras. Não há teto máximo regulado pelo governo, quer dizer que as tarifas serão livremente negociadas entre o fornecedor e a distribuidora, sem nenhuma interferência.
O Brasil tem 202 mil unidades de consumidores que podem ingressar no mercado livre, dos quais 48 mil já fizeram. A energia pode ser comprada de qualquer lugar do país, a indústria apenas tem que cumprir os requisitos.
A Abraceel defende a abertura do mercado de contratação livre para todo mundo, incluindo os residenciais. O tema está sendo debatido pelo governo. “Nós ainda estamos falando de cerca 200 mil empresas no universo de 90 milhões de consumidores”, diz o presidente da associação, Rodrigo Ferreira.