O Ministério de Minas e Energias (MME) abriu na última sexta-feira, 8 de novembro, a consulta pública para aprimoramento do PDE (Plano Decenal de Expansão de Energia) 2034, com as perspectivas do setor para a próxima década.
Realizada em colaboração com a EPE (Empresa de Pesquisa Energética), a pesquisa prevê o investimento de R$ 3,2 trilhões ao longo do prazo divididos entre três categorias: R$ 102 bilhões em biocombustíveis líquidos (3,2%); R$ 597 bilhões em energia elétrica (18,7%); R$ 2,5 trilhões Petróleo e Gás Natural (78,1%).
“O PDE aponta, num cenário conservador, um salto de quase 25% na demanda por energia nos próximos 10 anos”, disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Durante o período, a projeta-se que a OIE (Oferta Interna de Energia) tenha taxa de aumento anual médio de 2,2%.
Daqui a 10 anos, a marca deve ser de 394,3 milhões de tep (tonelada equivalente de petróleo), unidade utilizada para padronizar a relação entre as fontes de energia baseado na queima de uma tonelada de petróleo bruto. Na comparação per capita, a OIE deve registrar um avanço de 1,45 tep/hab. para 1,72 tep/hab. em 2034. Mesmo com o aumento, o número vai seguir abaixo do 1,87 tep/hab. da média mundial de 2019.
Os derivados de petróleo vão perder participação na matriz energética de 35% em 2024 para 30% em 2034. Esse espaço será ocupado pelo crescimento médio anual de 2,4% na participação das energias renováveis, de 2,2% do gás natural e de 0,3% da nuclear (urânio e derivados).
Além disso, o caderno estima um aumento no nível de participação da autoprodução e geração distribuída na eletricidade, para 17% daqui a uma década. A leitura aponta “maiores contribuições do uso da biomassa (biogás, bagaço de cana, lixívia e lenha) e da fonte solar”. Para isso, a pesquisa leva em consideração contribuições do uso da biomassa (biogás, bagaço de cana, lixívia e lenha) e da fonte solar.