De acordo com a reportagem da Reuters publicada na última sexta-feira, 1 de novembro, instituições de pesquisa da China ligadas ao Exército de Libertação Popular (ELP) criaram uma ferramenta de IA (inteligência artificial) para uso militar. Os pesquisadores adequaram o modelo Llama, desenvolvido pela Meta. É a primeira vez que há evidências de pesquisa sistemática para utilizar modelos de linguagem grandes (LLMs) de código aberto para fins militares.
A agência de notícias avaliou três artigos acadêmicos de instituições vinculadas ao principal órgão de pesquisa do ELP. Em um deles, 6 pesquisadores contaram com detalhes como utilizaram uma versão inicial do Llama para desenvolver o ChatBIT. O texto aponta que essa nova ferramenta foi “ajustada e otimizada para tarefas de diálogo e resposta a perguntas no campo militar”.
A Meta determina as diretrizes contra o uso de suas tecnologias em segmentos militares e de espionagem. Em um anúncio, o representante da empresa, Molly Montgomery, declarou que o exército chinês não foi autorizado para usar esses modelos e que este uso vai contra as políticas da empresa.
O Llama é um modelo de linguagem de código aberto desenvolvido pela Meta em 2023. A companhia disponibilizou duas versões do modelo (Llama 1 e Llama 2) para pesquisadores e desenvolvedores, com licença que proíbe expressamente seu uso para fins militares ou de vigilância. O modelo ficou popular na comunidade acadêmica por permitir adaptações para diversos usos, processo conhecido como “fine-tuning”.
Últimas notícias sobre IA
A OpenAI informou na última quinta-feira, 31 de outubro, que vai lançar um mecanismo de busca integrado ao ChatGPT. O anúncio posiciona a empresa em competição direta com o Google, com potencial para transformar o fluxo de tráfego na internet para consultar notícias e informações de interesse imediato.
O recurso que ainda está disponível somente para a versão paga da plataforma, vai ser expandido para todos os usuários, de acordo com o informado pela OpenAI. A companhia lançou uma pré-visualização do serviço no mês de julho com o propósito de superar a limitação do ChatGPT em responder a questões sobre eventos que aconteceram recentemente.