A modalidade de Mercado Livre de Energia para residências vale a pena?
Bem, abaixo você vai obter a resposta desse questionamento bastante comum dos consumidores brasileiros.
O preço da conta de luz dos clientes brasileiros é uma constante preocupação, sendo que vários fatores têm contribuído para essa alta no custo.
De acordo com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), entre 2021 e 2023, o custo médio de energia elétrica no Brasil cresceu em mais de 20% em muitas regiões. A seca intensa é um dos principais fatores, porque a escassez de chuvas forçou o país a acionar termelétricas, que geram energia a custos mais elevados.
Dados como esses refletem a crescente busca da população por maneiras de economizar com os gastos em eletricidade, procurando alternativas que sejam eficientes sem atrapalhar as atividades diárias.
Mercado Livre de Energia ainda não está disponível para consumidores residenciais
No Brasil, o MLE (Mercado Livre de Energia) ainda não está disponível para residências
Hoje, esse ambiente é acessível somente para grandes consumidores, como indústrias, empresas e estabelecimentos comerciais que são parte do Grupo A.
Significando que a maioria dos brasileiros continua no chamado Mercado Cativo, no qual as distribuidoras locais distribuem a energia e as tarifas são determinadas pela ANEEL. Com isso, os participantes não têm poder de escolha sobre seu fornecedor, pagando o que a distribuidora oferece.
Os fatores de proibição da migração para o MLE são muitos e incluem:
- Complexidade regulatória
- Infraestrutura e medição.
- Volume de consumo.
- Proteção ao consumidor.
- Barreiras técnicas.
Em resumo, as residências ainda não fazem parte do mercado livre de energia em função da complexidade regulatória e operacional envolvida. Sem mencionar a falta de infraestrutura adequada e da necessidade de proteger os clientes de baixa tensão dos riscos e da volatilidade desse mercado.
A boa notícia é que a ampliação do MLE está em discussão.
A mudança mais recente sobre esse assunto foi em janeiro deste ano, quando todas as companhias do grupo A puderam fazer parte desse mercado.
Em sequência, a proposta da Portaria 690/2022, está em Consulta Pública no Ministério de Minas e Energia (MME). A previsão é que, a partir de 2026, os clientes atendidos em baixa tensão, com exceção da Classe Residencial e Rural, poderão migrar.