Restaurantes, escolas, varejistas e até condomínios estão aderindo ao MLE (mercado livre de energia), visando uma economia na conta de luz que, em alguns casos, pode chegar a até 40%. Neste modelo, por meio de uma empresa intermediária, chamada de comercializadora varejista, o consumidor compra de energia diretamente das geradoras. Contudo, a eletricidade continua chegando até a instalação do cliente pelas redes da concessionária local.
Com a abertura do MLE para qualquer consumidor do segmento de média e alta tensão em 2024, ocorreu uma alta no número de adesões, demonstrando um crescimento expressivo. Entre janeiro e julho, foram 13.459 adesões, uma alta de 35%, sendo 78% desses novos consumidores, pequenas e médias empresas.
O aquecimento do mercado vem atraindo empresas de vários segmentos. Vivo, Itaú, Santander e XP são alguns dos novos clientes, se juntando a gigantes do setor como Eletrobras e Equatorial. Essas empresas vêm explorando o mercado para ofertar uma solução mais econômica e eficiente para a aquisição de energia elétrica.
Mercado Livre
No MLE, os clientes podem fazer a negociação diretamente com as geradoras de energia, permitindo condições mais vantajosas. Além disso, consumidores com contas a partir de R$ 8 mil, em média, já podem migrar, o que facilita a adesão de um número maior de clientes.
O presidente da Abraceel, Rodrigo Ferreira, explicou que o mercado livre oferta contratos com diferentes durações, chegando a cinco anos, e diversos mecanismos de descontos. Desse jeito, é importante que os interessados pesquisem as opções antes da adesão para garantir as melhores condições de contrato.
Todo o processo de migração pode levar até seis meses, e as comercializadoras geralmente cuidam de toda a transição, incluindo a documentação necessária. O cliente vai continuar recebendo duas contas: uma com o preço da energia e outra com os custos de transporte da eletricidade.
O síndico do condomínio Vision Offices, na Barra da Tijuca, Claudio Campos relatou que a migração para o mercado livre diminui, em média, o preço da conta mensal da energia consumida nas áreas comuns do condomínio de R$ 130 mil para R$ 65 mil. Já no colégio Centro Educacional, foi possível diminuir em torno de 33% no valor total da conta de energia.