A CCEE, Câmara de Comercialização de Energia Elétrica concluiu a migração de 10.956 novos consumidores ao mercado livre de energia elétrica no primeiro semestre desse ano, volume recorde de toda a história do ambiente.
Do total de migrações de janeiro a junho de 2024, 73,7%, ou 8 mil unidades, foram realizadas via varejistas, e 127 foram de pessoas físicas.
Nesse mesmo período, 89,3% são relacionados a consumidores com uma carga menor que 0,5 MW, 8,4% entre 0,5 MW e 1 MW, e 2,3% acima de 1 MW.
A maioria das migrações se concentrou na região Sudeste e nos setores de Comércio e Serviços, 2,87 mil e 2,8 mil, respectivamente. Entre os estados, 3,8 mil estão em São Paulo, quase 1,1 mil no Rio Grande do Sul, e pouco mais de 1 mil no Rio de Janeiro.
As migrações de 2024 representam um número de 22% de todos os consumidores que participaram da contabilização do mercado de curto prazo em junho.
Até o final desse ano, a CCEE projeta 25.226 migrações para o mercado livre de energia.
No primeiro semestre do ano passado, 3,34 mil unidades consumidoras migraram, enquanto em todo o ano passado, migraram 7,4 mil unidades consumidoras, a menor parcela via varejistas, com 1,1 mil unidades.
Mercado Livre de Energia
No mercado livre de energia, o consumidor pode negociar a compra da energia elétrica, fatores como preços, prazos, fonte da geração e flexibilidade serão discutidos entre as duas partes, em vez de ser apenas repassado, como fazem as distribuidoras. Não há teto regulado pelo governo, quer dizer que as tarifas serão livremente negociadas entre o fornecedor e a distribuidora, sem nenhuma interferência.
Na maioria das vezes, o MLE é mais vantajoso para empresas, pois nesse ambiente existe a possibilidade de obter preços mais competitivos, já que as organizações podem negociar contratos com preços fixos ou variáveis, segundo suas necessidades e projeções. A MLE também oferece flexibilidade na gestão do consumo de energia e a liberdade de escolher as fontes mais adequadas.