De acordo com o estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado nesta segunda-feira, dia 26 de agosto, os investimentos anunciados no Brasil para mais de 20 projetos de hidrogênio a partir de fontes renováveis somam R$ 188,7 bilhões.
Além disso, em 2030, o país deve produzir hidrogênio com um dos custos mais baixos do mundo, por causa do baixo custo e a alta elasticidade de oferta da geração elétrica renovável que colocam o país em vantagem competitiva.
Conforme também a CNI, o hidrogênio verde, produzido com base em fontes renováveis ou fontes fósseis relacionadas à captura e estocagem de dióxido de carbono, é um procedimento para descarbonização de indústrias que precisam de calor em alta temperatura, como as de aço, vidro, química, alumínio e a de fertilizantes.
A maior parte dos investimentos será destinada ao Porto de Pacém, localizado no Ceará, que receberá em torno de R$ 110,6 bilhões.
Foi lançado pelo governo local, no estado, em fevereiro de 2021, um hub de hidrogênio verde, que estabeleceu quatro pré-contratos com empresas nacionais e internacionais.
Vários outros portos brasileiros estão desenvolvendo projetos para se destacarem como centros de hidrogênio de baixo carbono.
A outra parcela dos investimentos serão destinados, especialmente, para os seguintes portos brasileiros: Portos de Parnaíba (Piauí) com R$ 20,4 bi, Suape (Pernambuco) com R$ 19,6 bi e Açu, no Rio de Janeiro, que deverá receber R$ 16,5 bilhões.
A região Nordeste está liderando o ranking com a maior quantidade de iniciativas de projetos de hidrogênio de baixo carbono, em torno de 41% da distribuição está localizada no Ceará.
Já no Sudeste, os estados do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro) e São Paulo (São Paulo) se destacam, com respectivos 11% e 8%.
Amônia
Ainda segundo o estudo que foi divulgado pela CNI, o foco na exportação de hidrogênio verde também se deve pelo interesse de importação desses produtos pela Europa.
Foi organizado, recentemente, um leilão internacional pela Alemanha para a compra de amônia verde, produto químico com a maior demanda industrial de hidrogênio.
No Brasil, a produção de amônia, consome em torno de 145 mil toneladas de hidrogênio por ano.