Itaipu Binacional atingiu mais um marco histórico. A usina, situada entre o Brasil e o Paraguai, ultrapassar outra vez a hidrelétrica Três Gargantas, localizada na China, e foi inclusa no Guinness Book pela “maior produção de energia elétrica acumulada” do mundo. O título foi divulgado em um evento especial na margem brasileira, em Foz do Iguaçu, no dia 1 de novembro de 2024.
Desde que iniciou sua operação em 1984, a Itaipu acumula números impressionantes. Até o dia 31 de outubro, 3.038.273.179 megawatts-hora (MWh) de energia foram gerados, o suficiente para abastecer todo o planeta Terra por 43 dias ou suprir a demanda do Brasil por quase seis anos. O evento teve a presença de autoridades brasileiras e paraguaias, incluindo os ministros Fernando Haddad e Alexandre Silveira.
Essa conquista fortalece a relevância global da usina. No decorrer da cerimônia de nomeação, feita no hall do Edifício da Produção, uma juíza do Guinness Book entregou o título a Enjo Verri, diretor-geral brasileiro, e a Justo Aricio Zacarías Irún, diretor-geral paraguaio.
Itaipu no Guinness Book
Essa é a segunda vez que Itaipu entra no Guinness Book. A usina já foi reconhecida como a obra mais cara do planeta, avaliado em mais de 27 bilhões de dólares em 1984 (equivalente a 35,93 bilhões atualmente). Esse projeto colossal, no Rio Paraná, é um exemplo extraordinário da engenharia moderna.
Além de seu custo impressionante, Itaipu também impressiona com dados estruturais. O ferro e o aço utilizados em sua construção são suficientes para erguer 380 Torres Eiffel. Sua barragem chega a 196 metros de altura, equivalente a um prédio de 65 andares. Sua extensão total é de 7,9 km, o que a consolida como uma obra de grandeza inigualável.
Sua operação constante, 24 horas por dia, fazem de Itaipu um pilar da produção de energia no Brasil e no Paraguai.
A usina possui 20 unidades geradoras, cada uma com capacidade de abastecer uma cidade com 1,5 milhão de habitantes. Essa produção de energia já correspondeu a 25% do consumo nacional em 1997. Atualmente, com novas fontes integradas ao sistema, a usina é responsável por cerca de 8% a 10% da demanda brasileira.