Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, anunciou recentemente um pacote de investimentos do governo para impulsionar a modernização e digitalização da indústria no Brasil, destacando o setor de semicondutores. A soma do total de recursos chega a R$ 186,6 bilhões, originários tanto do setor público quanto do setor privado.
Este movimento é parte do programa NIB (Nova Indústria Brasil) visando fortalecer a economia nacional através da inovação tecnológica e da criação de cadeias produtivas mais robustas, especialmente na área de semicondutores, um setor estratégico para o futuro digital do país.
Os semicondutores são componentes essenciais na fabricação de vários dispositivos eletrônicos, como smartphones, computadores, painéis solares e até veículos elétricos. Com a demanda por esses produtos cresce no mundo inteiro, ter uma cadeia produtiva local de semicondutores é importante para garantir que a indústria brasileira continue competitiva.
Alckmin, durante a cerimônia no Palácio do Planalto, apresentou o plano do governo de direcionar R$ 21 bilhões até 2026 para o estímulo de investimentos em pesquisa e inovação nas cadeias de semicondutores e eletroeletrônica. Esse investimento vai ser importante para colocar o Brasil em posição de destaque na chamada indústria 4.0, que envolve tecnologias emergentes e disruptivas.
Brasil como um polo de inovação
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei que incentiva a produção nacional de semicondutores, criando condições para que o Brasil se torne um polo de inovação no setor.
A objetivo do governo com a Missão 4 do programa Nova Indústria Brasil é clara: transformar digitalmente 50% das empresas industriais do país até 2023. A primeira meta intermediária é digitalizar 25% dessas empresas até 2026. Atualmente, apenas 18,9% das indústrias brasileiras estão digitalizadas, demonstrando a urgência de investimentos em inovação tecnológica para acompanhar a evolução global.
Entre os primeiros setores que vão receber os investimentos estão a fabricação de chips, fibras óticas, robôs industriais, datacenters, computação em nuvem e eletromobilidade. Todas essas áreas são fundamentais para garantir que o Brasil participe de maneira competitiva na revolução digital.