Um incêndio em uma usina de energia solar juntou equipes do Corpo de Bombeiros na cidade de Bataguassu (Mato Grosso do Sul), há aproximadamente 350 km de Campo Grande (MS), na tarde do último sábado, 2 de novembro.
Os bombeiros foram chamados depois da central de monitoramento da planta fotovoltaica ter detectado fumaça no local. Os painéis solares e toda a estrutura da usina não foram danificados.
O evento ainda vai ser investigado, porém a suspeita é que o princípio de incêndio tenha sido cometido por criminosos, de acordo com bombeiros.
“Os proprietários da usina solar possuem várias câmeras de monitoramento e o responsável entrou em contato diretamente com nossa sala de rádio. Ele relatou que havia muita fumaça saindo da área. Foi então que deslocamos uma equipe rapidamente até o local”, informou o cabo do Corpo de Bombeiros de Bataguassu (MS), Jonathan Paulo Pinto.
O cabo disse que ao chegarem no local do incêndio, a corporação observou que o fogo se concentrava na vegetação ao redor e embaixo dos painéis fotovoltaicos. A equipe teve que forçar o portão de entrada para acessar a área afetada.
Central de Monitoramento ajudou no incêndio
O bombeiro enfatizou que a central de monitoramento foi de grande ajuda na ação dos bombeiros.
“O monitoramento também teve uma importância grande para nós. Além disso, o tempo estava bem fechado e cerca de 10 minutos após controlarmos o fogo, começou a chover forte. Foi uma ocorrência que poderia ter se agravado, mas ficou restrita à grama”, afirmou ele.
O engenheiro da CS Consultoria, Jefferson Gonçalves, explicou que a central de monitoramento é essencial para garantir a precisão e agilidade das informações e a segurança dos sistemas fotovoltaicos, além de proteger os equipamentos e as pessoas no decorrer da sua operação.
Ele também disse que há dois modelos principais de centrais de monitoramento: o convencional e o inteligente. As centrais convencionais fazem uso de alarmes tradicionais para garantir a proteção das instalações de forma manual.
Já as centrais inteligentes possuem equipamentos avançados, como câmeras com sensores termográficos e sistemas de análise de vídeo, oferecendo eficiência e rapidez na comunicação e gestão das informações.
“Por exemplo, a inspeção técnica 19 do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo exige que instalações de grande porte tenham uma resposta do sistema em até 30 segundos”, afirma ele.
“As centrais convencionais geralmente não conseguem atender a essa velocidade exigida, sendo necessário um sistema de monitoramento mais avançado, com câmeras de alta tecnologia e redes de monitoramento de alta precisão na comunicação”, continuou Gonçalves.
O engenheiro disse que esse tipo de monitoramento ainda pode ser aplicado em usinas de geração centralizada, onde o perímetro é maior e a cobertura de câmeras necessita de alta eficiência.
“Além disso, há sistemas incorporados a componentes específicos, como transformadores de potência e inversores fotovoltaicos, formando um grande sistema de monitoramento para auxiliar na proteção dessas usinas de grande porte”.