O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico voltou a recomendar a retomada do horário de verão.
Esse tópico foi o assunto principal da reunião extraordinária na sede do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), no Rio. Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, e os representantes do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, participaram da reunião que reuniu diversos órgãos do governo federal.
O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro havia acabado com o horário de verão em abril de 2019, alegando que a medida não era benéfica para a economia nem para os trabalhadores.
Na última quinta-feira, 19 de setembro, o ONS, no encontro, disse que o retorno da medida nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul pode expandir a capacidade de atendimento para os consumidores, especialmente no horário entre 18h e 21h, além da geração de uma economia de R$ 400 milhões entre outubro e fevereiro.
Como o horário de verão ajudaria no setor de energia?
De acordo com o Operador, o país, ao adiantar os relógios, poderia aproveitar mais a energia solar, mais limpa e barata, que deixa de abastecer o sistema durante a noite. Essa fonte de energia corresponde 20% da matriz energética do país.
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), apresentou um gráfico mostrando que o Brasil está vivendo maior período de seca desde o início dos registros, em 1950. O ministro afirmou que não há risco de crise de energia no Brasil e que a volta é para o alívio do sistema. Por unanimidade, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico recomendou a volta do horário de verão.
“Principalmente no horário de ponta, que é entre 18h e 21h, quando a gente está perdendo as energias solares e está entrando despacho de térmica, seria fundamental a gente ter o horário de verão. Tem um ganho econômico para o consumidor, tem menor despacho de térmicas, em torno de R$ 400 milhões, mas fundamentalmente o principal é questão da confiabilidade do sistema”, afirma o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.