Parker Shin, o presidente da GWM Internacional, declarou que a montadora deverá ter 60% das peças utilizadas em veículos fabricados no Brasil produzidas no país. A fabricante da China tem a pretensão de inaugurar uma fábrica no Brasil ainda no primeiro semestre de 2025.
“60% é o alvo. Não sei se posso atingir [o objetivo], para ser honesto. Mas preciso de uma meta agressiva para pressionar nossas equipes”, afirmou o presidente aos jornalistas na semana passada, em São Paulo.
De acordo com o executivo, o motivo do sucesso para alcançar a meta de 60% é ter fornecedores que fiquem perto da fábrica. A fabricação dos novos veículos da GWM vai ser na fábrica da marca chinesa em Iracemápolis, interior de São Paulo.
De acordo com Shi, a fabricante poderá trazer, daqui a alguns meses, subsidiárias que fabrica autopeças para o Brasil. “Faz parte de um possível projeto”, afirmou.
GWM quer aproveitar o mercado automobilistico brasileiro
O executivo disse que a empresa quer aproveitar a expansão do mercado brasileiro para desenvolver uma “plataforma de crescimento” no país, abrangendo diversas concessionárias, rede de fornecedores, mão de obra e rede de exportação para países vizinhos. Essa vai ser a 1ª fábrica da GWM no ocidente. Além da China, a fabricante possui unidades na Tailândia e na Rússia.
Relacionados a veículos que serão fabricados no Brasil, Shi disse que a marca “não tem previsão de começar a produzir carros totalmente elétricos”, devido a “dificuldade de esses modelos competirem” no país com os veículos movidos a etanol.
“Um 100% elétrico não vai ter crescimento tão rápido no país. Mas um plug-in [carro híbrido com motor que pode receber carga pela tomada] vai funcionar bem”, afirmou.
Ricardo Bastos, o diretor de assuntos institucionais da GWM no Brasil, afirmou em setembro, que a fabricante entende que o perfil do mercado brasileiro é direcionado para modelos que combina o elétrico a biocombustíveis.
Fonte: Portal Poder260.