Está sendo construída na cidade gaúcha de Canguçu uma usina solar tokenizada. O projeto é do Grupo HCC Energia Solar, e está com 80% da obra concluída que possuirá a capacidade de 3,5 MWp. A previsão é que o projeto entre em operação até final desse ano.
O orçamento da usina é em R$ 15 milhões e vai funcionar no modo energia solar por assinatura. Metade do valor foi financiado com recursos do grupo e outra parte com recursos de tokens.
O que são Tokens?
Tokens são ativos no mercado financeiro que oferece direito à participação sobre parte dos lucros da usina aos investidores.O ativo é administrado pela empresa especializada em infraestrutura blockchain, Liqi.
R$ 8 milhões no projeto já foram investidos pelo Grupo HCC, os outros R$ 7 milhões serão captados na comercialização de tokens.
“Essa modalidade de investimento, além de ser mais democrática, rentável e oferecer a segurança da renda fixa, permite às empresas do setor obterem financiamento para construção de usinas com mais agilidade do que pelos outros meios convencionais”, afirma o diretor da HCC Engenharia, Luiz Wagner.
“A tokenização favorece ainda os EPCistas, que conseguem colocar de pé a usina com potência projetada, evitando penalizações, e ainda atrair consumidores e investidores em um ambiente controlado, em um fundo de investimento em energia limpa com ótima rentabilidade”, finalizou.
A usina conta com mais de 5,9 mil módulos solares bifaciais com tecnologia Topcon N-Type, de 585W, da DAH Solar, conectados com 10 inversores de 250 kW da Chint Power.
Segundo o gerente técnico para LATAM da DAH Solar, Leonardo Rodrigues, esses modelos bifaciais poderão gerar de 5% a 25% a mais de energia em relação aos painéis convencionais monofaciais.
“Em outras usinas, os painéis da DAH vêm apresentando desempenho acima do esperado”, afirma do Wagner do HCC, que tem onze usinas de energia solar em operação, duas no Rio Grande do Sul, sete em Mato Grosso do Sul e duas em Goiás.