Nesta segunda-feira, dia 1, as negociações entre o ministério da Fazenda e o governo de Minas Gerais avançaram devido às dívidas do estado. Segundo a jornalista Mariana Londres, da Uol, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG), está mediando as conversas e se estuda o retorno da Cemig para a União, ficando, assim, sob gestão do governo Lula.
Além da Cemig, estão sendo analisada as incorporações da Copasa (estatal de água e saneamento) e da Codemig (estatal de exploração mineral). Se a federalização da Cemig se concretizar, o governo Lula voltará a ter o controle sobre uma empresa de energia pela primeira vez em sua gestão atual.
Durante o período do presidente Lula longe do poder, foi realizada a desestatização da Eletrobrás. Assim, o governo tenta realizar um acordo de conciliação mediado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) para ampliar sua influência nas decisões da empresa privatizada em 2022, além de voltar a ter controle sobre uma empresa de energia estatal.
Saiba mais sobre a Cemig
Fundada por Juscelino Kubitschek em 1952, a Companhia Energética de Minas Gerais, mais conhecida como Cemig, é responsável pelo fornecimento de energia de todo o estado de Minas Gerais. A estatal conta com mais de 9 milhões de consumidores, divididos entre 774 municípios.
A Cemig, no entanto, se expande para além do território mineiro. Ao todo, são 95 Sociedades, 49 Consórcios e 01 FIPs (Fundos de Investimentos em Participações), possuindo ativos e negócios em 24 estados brasileiros e no Distrito Federal.
Ao contrário de outras empresas, como a CEEE, RGE e Copel, a Cemig não foi privatizada, permanecendo a única estatal de energia do Brasil ao lado da Celesc.